Minhas fontes pré profissionais
"A memória guardará o que valer a pena. A memória sabe de mim mais que eu; e ela não perde o que merece ser salvo."Eduardo Galeano
Registros memoriais são sempre desafiosos para mim, tanto por momentos que não são muito atraentes de serem
lembradas quanto pelo complexo ato de rememorar episódios de muito tempo atrás, mas acredito que o pouco que guardei na memória é o suficiente para lembrar com muito apreço. Avante!
NO ciclo dos anos iniciais do
ensino fundamental I, eu estudei em uma escola de pequeno porte da rede particular, na cidade de Jequié- BA.
Nunca houve nenhum episódio
desagradável entre mim e professores, a relação era sempre amigável e
respeitosa. Lembro da diretora da escola dizendo à minha mãe que eu era uma
criança que conhecia a todos e de fácil amizade.
Recordo-me que a maioria e, se
não estou enganada, todas as professoras tinham uma metodologia tradicional de
ensino, pautada no copismo, aulas sempre expositivas e atividades do livro
didático. No clico de alfabetização, fui alfabetizada pelo método fônico, o
qual nós tínhamos atividades impressas quase que idênticas às cartilhas, havia também um livro de caligrafia, do qual eu gostava muito e ainda tenho guardado em algum lugar da minha casa (risos).
Ao fechar os olhos e me transportar para o meu processo de alfabetização, consigo sentir o cheiro do lápis preto escorregando pela folha em branco ao escrever a letra "a". Assim mesmo, em minúscula. Aquela pequenina mão mal sabia a grandiosidade do ato de ler e escrever, mas era depositado o melhor de mim naquele momento. Eu não tinha os melhores estojos de lápis de cor nem canetinhas coloridas, mas sei que o meu material tinha cheiro de amor e dedicação que os meus pais colocaram.
Tenho algumas críticas ao método usado
à época, mas sempre lembro com profundo sentimento de gratidão do meu processo
de alfabetização por saber que, em meio às circunstancias sociais, hoje eu sou
alfabetizada e universitária.
Achei tão resumida a sua narrativa. Tenho certeza que vc tem mais a nos contar. Vamos lá?
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