Conexões Pedagogicas e Vinte e Poucos

29 de outubro de 2019: o tão esperado dia da regência. Chegamos na escola e dava pra ver nos rostos das professoras e da turma quanta expectativa eles estavam alimentando. Foi nesse momento que o medo me abraçou com força e ali fez morada por alguns dias. Foi como um peça teatral. A plateia esperando com anseio pelo espetáculo, até que abrem-se as cortinas e o show começa. Entretanto, ninguém sabe o que custou para cada ator/atriz estar no palco. Esse era o meu sentimento no primeiro dia e pelo resto da semana. O processo para chegar ao dia da regência foi sob pressão, os prazos corriam contra o relógio e ainda tínhamos outras demandas do curso. Uma verdadeira panela de pressão que estava prestes a explodi. E explodiu. Logo na primeira semana eu senti o baque. Noites mal dormidas, desavenças, crises de ansiedade, lágrimas e muita dor. Quem vê as belas e emocionantes  fotos nas redes sociais diante do quadro branco, não imagina a dor que é estar ali. Não pelo ato...

A observação é o primeiro passo prático do estagio. Foram dois dias. O primeiro dedicado à observar a estrutura física da escola e o segundo dia a estar observando à sala de aula. Outro momento tive oportunidade de estar imersa por 1 semana em uma turma de quinto ano, mas ao adentrar outra vez uma nova turma dos anos iniciais do E.F. as sensações foram as mesmas: insegurança e medo. Tudo que nos é desconhecido nos traz esses sentimentos, não é mesmo? Só que desta vez, o agravante era saber que em poucas semanas eu estaria ali para a regência de 15 dias, e não 1 dia de intervenção, como foi da primeira vez. “Tá como medo? Vai com medo mesmo!” Foi o meu mantra e muito necessário. Algumas semanas depois, voltamos para uma semana se coparticipação. A turma já nos esperava e pude a cada dia que passava, percebia que ele os alunos iam alimentando uma expectativa para os dias que em que assumiríamos a sala. “ôh pro, vocês vão dar aula hoje?” “oh pro, vocês vão passar atividade?...